Ninguém se entende mais no PT do Paraná à respeito da saída do secretário Adriano Massuda (Saúde) do governo do Gustavo Fruet (PDT) para ocupar um cargo no Ministério da Saúde. O presidente-deputado Envio Verri disse que não há desembarque do partido da prefeitura de Curitiba. A vice-prefeita Mirian Gonçalves também repete a versão. “Não há qualquer indício de rompimento com o prefeito, de forma alguma”, garantiu Mirian ao Bem Paraná. Segundo a petista, o convite a Massuda foi feito há um mês e rejeitado, mas “há uma insistência do ministro”, e “por um equívoco foi publicada a nomeação”.
O problema é que setores do PT consideram que a saída de Massuda tem mais a ver com o caso de Maria da Luz, de 39 anos, que morreu em frente a uma UPA no final do mês passado após esperar horas por atendimento. Segundo tendência de esquerda do PT, a forma como Massuda reagiu ao caso, atribuindo a responsabilidade aos funcionários da unidade, teria repercutido mal. “Ele está sendo frito em óleo de andiroba”, diz Milton Alves.
Segundo vereadores da base de Fruet, o prefeito vai aceitar a demissão de Massuda e começar o projeto de reeleição que está coordenado pelo secretário Ricardo Mac Donald Ghisi (Governo) – homem forte que tem só uma rival no Palácio 29 de Março, a secretária Eleonora Fruet (Finanças), irmã do prefeito.
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