Surreal. O que era uma crise econômica pode levar a uma crise de saúde na Venezuela. A inflação absurda que acomete o país – no ano passado o índice fechou em 64%, o pior da América Latina – não afetou apenas os produtos básicos como frango, açúcar e remédios.
Agora, de acordo com o Brasil Post, um pacote com 36 unidades de camisinhas custa US$ 755 (R$ 2.068) de acordo com a taxa de câmbio oficial. Esse preço é o praticado no Mercado Livre, site popular de compras online e que tem sido amplamente utilizado pelos venezuelanos que não encontram produtos essenciais nas prateleiras do país.
O salário mínimo na Venezuela equivale a R$ 2.108 – apenas R$ 40 a mais do que o pacote de preservativos.
De acordo com a revista Time, o mesmo produto custa US$ 21 (R$ 58) nos EUA. Os poucos venezuelanos que contam com acesso à moeda americana podem comprar as camisinhas por US$ 25 no mercado negro. No Brasil, um produto similar (cinco pacotes com oito unidades de preservativos) custa em torno de R$ 37.
Já o pacote com três unidades pode ser encontrado pela “bagatela” de US$ 62 (R$ 170). No Brasil, o mesmo produto custa, em média, R$ 6.
A escassez de contraceptivos pode, segundo a Bloomberg, piorar ainda mais as taxas de HIV e gravidez precoce na Venezuela.
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