A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e outros cinco diretores da estatal renunciaram ao cargo, segundo comunicado da estatal nesta quarta-feira (4). A empresa não confirmou os nomes dos executivos que deixam a diretoria, composta por sete pessoas.
A saída da diretoria acontece em meio às investigações de um escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato e a dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.
O governo vinha sofrendo pressão do mercado pela saída da executiva, cuja gestão foi marcada por graves denúncias de corrupção e pelo acúmulo de resultados negativos. Os novos ocupantes dos cargos na diretoria serão eleitos em reunião do Conselho de Administração que será realizada na sexta-feira (6), informou a empresa.
Embora a maior parte dos problemas tenha sido agravada por decisões feitas antes da chegada de Graça Foster à presidência da estatal, a executiva – ainda que não tenha sido implicada diretamente nas investigações da Lava Jato – acabou perdendo as condições políticas para se manter no cargo.
Os rumores sobre a saída de Graça ao longo da terça-feira fizeram disparar as ações da Petrobras, que fecharam em alta de mais de 15% na Bovespa.
Na terça-feira, o colunista Gerson Camarotti adiantou que interlocutores da presidente Dilma Rousseff estavam em busca de um substituto para Graça no comando da Petrobras. A substituição será feita quando for encontrado um perfil adequado.
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