O atendimento às mulheres vítimas de violência é um dos destaques da gestão Reni Pereira em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. O município aderiu, em 2013, ao Pacto de Enfrentamento através da união de forças com os órgãos competentes já existentes na cidade, como o Centro de Referência Especializado de Atendimento à mulher em Situação de Violência (CRAM), Conselho da Mulher e a Delegacia da Mulher.
No Paraná, seis polos oferecem atendimento às mulheres vítimas de violência física e emocional. Além de Foz, o serviços existe em Cascavel, Toledo, Guarapuava, Maringá e Curitiba.
O polo de Foz do Iguaçu atende 52 municípios da região e é responsável por encaminhar as vítimas a todos os procedimentos, desde o acompanhamento psicológico ao jurídico.
O CRAM também funciona como um gestor no atendimento dos casos de violência contra a mulher. Só em janeiro deste ano, 24 casos de violência doméstica foram registrados em Foz do Iguaçu. O mesmo número registrado em janeiro do ano passado. Outro registro é o anual, em 2013 foram 1.677 atendimentos e em 2014, 993 registros, 684 a menos na comparação de um ano.
Para a coordenadora do CRAM, o mesmo índice apresentado em janeiro de 2014 e 2015 se deve, muitas vezes, ao fato de que em janeiro as pessoas viajam e porque as crianças em férias acabam passando mais tempo em casa, “refletindo diretamente na rotina das famílias, e, impedindo que a violência por parte do parceiro venha a acontecer”, explicou Fátima Dalmagro.
Segundo a coordenadora, não houve aumento do número de casos de mulheres violentadas, até diminuiu, segundo ela, entretanto, o que vem ocorrendo, “é um maior encorajamento das mulheres em procurar o CRAM ou a Delegacia da Mulher para relatar o caso e, melhor ainda, em levar adiante o processo contra o agressor”, relata Fátima.
As vítimas geralmente sofrem violência física, seguida da violência considerada moral, como ameaças. Por isso, necessitam de atendimento psicológico, com assistentes sociais e atividades em grupo para darem início ao processo de ressocialização.
O suporte que o CRAM oferece dura 90 dias, mais o acompanhamento por grupos que pode durar até seis meses. Em casos em que há a necessidade de acompanhamento jurídico, o CRAM encaminha para a Delegacia da Mulher, que registra boletim de ocorrência e encaminha para abertura de um processo contra o parceiro. “Notamos que muitas mulheres têm entendido a importância de levar o caso até o final, sem retirar a queixa. A divulgação do nosso trabalho tem sido fundamental para tornar o CRAM mais conhecido e mais acessível às mulheres vítimas de violência doméstica. Estamos aqui para atender gratuitamente quem nos procurar”, destaca a coordenadora do CRAM.
Metas 2015
Para este ano uma das metas é a prevenção. “Queremos trabalhar não somente na solução dos casos, mas prevenindo que eles possam acontecer. Por isso, temos o projeto, Grupo Basta, onde iremos convidar os maridos e parceiros, ditos como agressores dos casos, para também participarem dos grupos e atividades do CRAM. Além, disso, iremos criar parceria com escolas e universidades para realizar palestras de orientação. Assim, os alunos levam conhecimento pra casa e discutem com os pais e família. Queremos um trabalho feito mais em conjunto, é assim que tem que ser”, define Fátima.
Contatos
O CRAM atende de segunda à sexta-feira, das 8h às 18h, está localizado na marginal da Avenida Paraná, em frente à 6ª SDP, num. 1250. Os telefones para contatos são: 0800 643 8111 e plantão 24h: (45) 9997 3322.
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