A falta de atenção do governo federal com a segurança nas linhas fronteiriças tem permitido um verdadeiro entupimento de cocaína boliviana no Brasil. Com fronteiras escancaradas, os narcotraficantes não se limitam mais às pequenas remessas por automóveis ou ônibus, partindo para os grandes carregamentos. Na semana passada, por exemplo, a Polícia Federal conseguiu interceptou uma carga com pouco mais de 700 quilos da droga boliviana em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. A remessa, se considerado o destino, poderia chegar a cerca de R$ 10,5 milhões.
Segundo o jornal Correio do Estado, esta é a segunda grande apreensão do entorpecente, em menos de um mês, em Mato Grosso do Sul. Outra aconteceu em novembro onde também foram barrados 700 quilos da mesma droga. Apesar das grandes apreensões, a PF tem a certeza de que um volume muito maior do entorpecente está entrando no país e que o baixo efetivo e orçamento para as ações é um empecilho para barrar.
O combate ao tráfico nas fronteiras, inclusive, é uma das prioridades do novo secretário de Segurança Público do Paraná, Fernando Francischini, que pretende criar um centro de inteligência em Foz do Iguaçu, onde policiais paranaenses deverão trabalhar em conjunto com agentes da Polícia Federal e de outros estados. “A gente sabe que hoje que 90% das armas de drogas e armas entram pela nossa fronteira”, lembra Francischini.
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