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Anac pode multar GOL e Infraero por embarque irregular de cadeirante em Foz

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) notificou nesta terça-feira a companhia aérea GOL e a Infraero, que é a operadora do Aeroporto de Foz do Iguaçu, para que prestem informações em dois dias sobre o embarque irregular de uma passageira cadeirante na madrugada dessa segunda-feira. Caso penalizadas, as multas podem chegar a R$ 300 mil.

Katya Hemelrijk da Silva, de 38 anos, tem Osteogenisis Imperfeita, doença conhecida como “ossos de vidro”, ou seja, seus ossos quebram com facilidade. Ela voltava de férias em Foz do Iguaçu, com destino a Curitiba, e ao ser informada que não havia equipamentos adequados de acessibilidade para deficientes – como uma ‘stair trac’ ou uma ‘ambulift’ -, Katya decidiu subir os 15 degraus se arrastando. As informações são do Estado de Minas.

Segundo a Anac, a empresa aérea e o operador do aeroporto devem esclarecer as irregularidades na conduta, perante à resolução de 2013 da Agência, que trata de passageiros que demandam atendimento especial no transporte aéreo.

O fato gerou muita repercussão ao ser compartilhado nas redes sociais. Katya reiterou que a companhia aérea foi atenciosa e ofereceu a possibilidade de embarque em um outro voo. Ela também aproveitou o esclarecimento na sua página da rede social para esclarecer que não entrará com um processo na Jutiça e que a intenção é de “aproveitar o ocorrido para tentar ajudá-los a se estruturar melhor, frente às adversidades que podem aparecer em qualquer momento”.

Katya cita o fato de o país estar prestes a receber uma paraolimpíada e que quer que as pessoas tenham uma consciência e conhecimento maior sobre como lidar com pessoas com necessidades especiais, seja ela qual for. “É bem mais simples do que muitos imaginam”, completa.

A GOL lamentou o ocorrido e disse estar tomando as medidas necessárias para evitar situações como esta. A companhia também comentou que “o equipamento da base de Foz de Iguaçu não estava disponível para uso e por isso não pôde ser utilizado”. Em nota, a GOL disse que “tentou com as demais empresas conseguir o equipamento, o que também não foi possível, e ofereceu outras alternativas para a cliente, que optou por seguir sem a ajuda dos colaboradores da companhia”, finalizou.

Consultada, a Infraero informou que o embarque e o desembarque de passageiros são da responsabilidade de cada companhia aérea.