Em mais uma sentença, o ex-prefeito de Realeza e ex-assessor da Casa Civil durante a gestão de Gleisi Hoffmann (PT) à frente da pasta, Eduardo André Gaievski (PT) foi condenado nesta terça-feira, 4, a mais 10 anos e seis meses de prisão. Gaievski responde a 17 processos por estupro de vulnerável. Somada a sentença anterior proferida pela juíza Janaina Monique Zanellato Albino, de 15 de setembro, as penas de Gaievski já somam 28 anos e sete meses de reclusão em regime fechado.
“Por todo o exposto e considerando o que mais dos autos consta, julgo procedente o pedido formulado na denúncia para condenar o réu Eduardo André Gaievski, como incurso nas sanções previstas nos artigos 217-A, por duas vezes, nos termos do artigo 71, todos do Código Penal. Penas:
privativa de liberdade, 10 anos e 6 meses em regime inicial fechado”, diz o resumo da sentença do juiz Christian Reny Gonçalves da comarca de Realeza, no Sudoeste do Paraná.
Os crimes praticados por Gaievski ocorreram durante a gestão do petista na prefeitura de Realeza, entre 2005 e 2012. Em alguns casos, Gaievski prometia cargos públicos em troca de favores sexuais, segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público. O advogado Natalício Farias, que defende oito vítimas, disse que “a verdade está prevalecendo e Justiça sendo feita” para mais uma das adolescentes abusadas por Gaievski. Farias acredita que nos próximos meses outros processos sejam julgados. Todos os processos, por envolverem menores, correm em segredo de Justiça. O MP prevê que as condenações cheguem de 250 a 300 anos de prisão.
Farias afirma que mais esta condenação continua desconstruindo a linha de defesa adotada por Gaievski, de perseguição política. O ex-prefeito, que está preso desde agosto do ano passado, sempre classificou as denúncias como “trama diabólica”. Escutas telefônicas, depoimentos das vítimas e outros flagrantes, no entanto, fundamentam o caso.
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