Em entrevista à Gazeta do Povo publicada nesta quinta-feira (24), a candidata Gleisi Hoffmann mais uma vez mostrou desconhecer o setor elétrico brasileiro. Gleisi afirmou que a “Copel Distribuição tem que vender energia por meio de contratos e não ficar participando do mercado de curto prazo”. Acontece que a Copel Distribuição não vende energia no mercado de curto prazo. A Distribuição apenas fornece energia aos consumidores paranaenses, conforme estabelece a concessão de distribuição concedida pelo governo federal, do qual Gleisi já foi até ministra.
Na reportagem, Gleisi e Requião deram opiniões sobre reajuste de tarifa de energia elétrica, mas foram contestados pelos especialistas ouvidos pelo jornal. Lavínia Hollanda, coordenadora de pesquisas da FGV Energia e professora da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas ensinou: “É preciso deixar claro que esse reajuste não tem qualquer relação com a eficiência da administração da empresa. É um reajuste previsto em contrato e que tem relação com o preço da energia. Isso depende dos contratos e até da condição das chuvas”, afirma.
Os especialistas também disseram que o estado terá pouca margem de manobra para evitar os reajustes nos próximos anos, independentemente de quem vier a ser eleito governador. “Empresas de serviços públicos não podem se dar o luxo de assumir prejuízo. Os custos precisam ser absorvidos”, disse Roberto Pereira D’ Araújo, diretor do Instituto Ilumina.
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