Karlos Kohlbach
O fundo de Postalis, dos funcionários dos Correios, o terceiro maior do país, é alvo de uma investigação aberta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apurar operações fraudulentas no mercado financeiro. Em apenas uma das operações com possíveis irregularidades o montante financeiro chega a R$ 40 milhões. A suspeita é que estas operações tenha sido direcionado pelo ex-diretor da fundação Ricardo Oliveira Azevedo após influência do doleiro Alberto Youssef – preso pela Polícia Federal na operação Lava Jato, que desvendou um enorme esquema de lavagem de dinheiro.
Azevedo foi afastado do cargo no ano passado, após a constatação de irregularidades que podem chegar a R$ 1 bilhão. Com a saída de Azevedo, o economista Wagner Pinheiro foi indicado para a presidência da Postails. Pinheiro foi escolhido pelo atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para dirigir os Correios na transição entre os governos Lula e Dilma. Por conta disso, o deputado federal Fernando Francischini protocolou ontem requerimento para convocar Paulo Bernardo para dar esclarecimentos numa sessão da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados. A intenção do parlamentar é convocar também Wagner Pinheiro para dar explicações sobre a fraude.