por Karlos Kohlbach
Acuado pelas denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na operação Lava Jato acusado de liderar uma quadrilha que pode ter desviado R$ 10 bilhões, o deputado federal André Vargas (PT) mandou um claro recado para a cúpula do partido: se o PT o abandonar, o parlamentar vai levar mais gente do partido para o epicentro do escândalo. E os primeiros alvos de Vargas seriam o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e a senadora e candidata ao governo do Paraná, Gleisi Hoffmann.
Segundo a revista Veja, Vargas teria insinuado que Paulo Bernardo é um dos beneficiários do propinoduto que opera na Petrobras. O deputado petista foi além e afirmou que se não receber solidariedade do PT abrirá a caixa de ferramentas e um dos primeiros alvos seria Gleisi Hoffmann. E esta solidariedade terá de chegar rápido porque além do envolvimento com Youssef, agora Vargas pode estar envolvido com crime eleitoral. Reportagem da Isto É afirma que Vargas montou uma lavanderia de dinheiro para justificar origem dos recursos nas campanhas eleitorais de 2006 e 2010.
A revista mostra um inquérito que tramita no STF – processo este adiantado aqui nesta coluna. De acordo com a reportagem, constam neste processo os depoimentos de mais de 80 testemunhas que afirmam nunca terem doado dinheiro para a campanha de Vargas. Pelo jeito, Vargas ainda continuará ocupando as manchetes dos jornais e revistas do país. E o PT terá de salvar rapidamente o deputado sob pena de ver o partido ainda mais envolvido com casos de corrupção.
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