O jornalista Fábio Silveira, em matéria de hoje na Gazeta do Povo, revela que o deputado federal André Vargas (PT) e o doleiro Alberto Youssef acabaram como réus do caso Ama/Comurb, o escândalo de corrupção ocorrido na prefeitura de Londrina no fim dos anos 1990 e que resultou na cassação do ex-prefeito Antonio Belinati. Os dois se tornaram réus por conta de fatos ocorridos em 1.º de outubro de 1998.
O deputado é acusado de receber R$ 10 mil de uma pessoa considerada operadora do suposto “caixa dois” de Belinati. O dinheiro fora para abastecer a campanha de Paulo Bernardo (PT), candidato a deputado federal. Esta informação não consta na matéria de Silveira, mas no seu comentário em outra matéria da RPC.
O doleiro é acusado de “lavar” um cheque de R$ 120 mil numa conta aberta no Banestado em nome de uma empresa “fantasma” criada com documentos falsos. Nos dois casos, a origem do dinheiro foi o pagamento por serviços não prestados contratados mediante licitações supostamente fraudulentas na antiga Autarquia Municipal do Ambiente (Ama), atual Secretaria Municipal do Ambiente.
As duas licitações foram vencidas pela mesma empresa. O pagamento pelos serviços não realizados nos dois contratos saiu em 1.º de novembro. A Ama era presidida por Mauro Maggi, que foi indicado para o cargo pelo ex-deputado federal José Janene (PP), morto em 2010, que foi réu do mensalão do PT.
Absolvição
Na ação proposta pelo MP em 2002, Vargas foi absolvido da acusação de improbidade administrativa, mas condenado a devolver solidariamente os R$ 10 mil que recebeu.Já Youssef tornou-se réu em uma ação proposta pelo MP em 2000. Quase 14 anos depois, a ação penal que tramita na 4.ª Vara Criminal de Londrina se movimentou na última terça-feira, dia 1.º de abril, quando o juiz decidiu convocar audiência para ouvir testemunhas. A data da audiência é 6 de outubro.
Deixe um comentário