Na entrevista ao “Jornal de Beltrão” desta quinta-feira, 2, o deputado Osmar Serraglio, presidente do PMDB do Paraná, deixou claro que está próximo a aceitar a vice-candidatura na chapa de reeleição do governador Beto Richa (PSDB). “Meu nome está colocado, já conversei com o governador sobre essa possibilidade, agora virão as férias e eu vou pensar e decidir”, disse Serraglio (na foto com Richa e o governador do Mato Grosso do Sul, André Pucinelli, do PMDB).
“Vejo que a imensa maioria dos deputados estaduais quer se aliar com o governador, quer formar um chapão; e eu penso que, com esse chapão, todos terão chance de se reelegerem”.
Eleito presidente do PMDB em dezembro do ano passado — derrotou o senador Roberto Requião por 289 a 220 votos —, Serraglio tem dito desde então, e reiterou na semana passada, que a decisão sobre 2014 será dos deputados estaduais. “O que eles decidirem estará bem decidido; eles têm comando sobre os delegados”, garantiu. O peemedebista adianta ainda que o caminho do PMDB será anunciado “em março ou abril”, bem antes da convenção de junho. “Até porque, se eu for indicado a vice, vou me preparar.”
“O governo Beto Richa vem fazendo uma boa administração”, diz Serraglio, citando como bons resultados o investimento em habitação urbana e rural, em parceria com a Caixa, e lembrando um detalhe caro ao Sudoeste: a solução para os diplomas do curso da Vizivali, de Dois Vizinhos, que beneficiou cerca de três mil pessoas. “Aqui no Sudoeste eu percebo esse desejo de candidatura própria ao governo, mas nas outras regiões não é assim, não”, revelou.
Para ele, há uma contradição nesses peemedebistas: “Por que defendem candidatura própria no Paraná e não no Brasil? Por que no Brasil é bom ser vice e aqui não? isso precisa ser avaliado”, ponderou.
PT
Sobre a disputa nacional, Serraglio diz que a decisão é apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), até porque o vice é o peemedebista Michel Temer. “O apoio a Dilma é certo; aqui no Estado a tendência é Beto Richa”, repete.
Questionado sobre o interesse do PT em ter o apoio do PMDB, Serraglio deu a seguinte explicação: “O PT queria o PMDB como vice da Gleisi [Hoffmann, ministra da casa Civil], e não exigia nomes, podia ser qualquer um que o PMDB indicasse; mas de um tempo para cá o discurso do PT mudou, eles agora querem que o PMDB tenha candidato ao governo para, eles pensam, garantir um segundo turno entre Gleisi e Beto; mas os petistas não querem Requião candidato pelo PMDB, porque temem que Requião, com aqueles rompantes dele, possa fazer campanha contra a Dilma”. Resumindo: os petistas torcem para Orlando Pessuti ser candidato.
Sobre Pessuti, Serráglio diz que ele pode ser candidato ao Senado, na aliança com o PSDB. “A aliança poderia ter dois candidatos ao Senado, o Álvaro Dias [PSDB] e o Pessuti, isso é possível.”
Por fim, disse que não acredita que Requião vá disputar a convenção: “O Requião gostaria de ser ungido candidato; como não será, ele não disputa a convenção”.
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