Das cinco universidades federais públicas, punidas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), apenas a Universidade Federal do Paraná (UFPR) poderá reverter a decisão e realizar o vestibular já no próximo ano.
Isso porque os cursos da instituição punidos, de jornalismo e comunicação social (publicidade e propaganda), apresentaram viés de melhora entre 2009 e 2012. Ou seja, receberam nota insuficiente nos dois anos, mas mostraram uma evolução positiva (saltaram de um conceito 1 para 2, por exemplo).
As demais, de acordo com as regras definidas pelo MEC, conseguirão reverter a medida apenas em 2015, informa a Folha de S.Paulo. As universidades punidas dizem que o resultado está equivocado ou foi provocado por boicote dos estudantes, com entrega da prova em branco.
No total, 270 graduações – das áreas de ciências humanas, sociais aplicadas e afins, além de tecnológicos – ficaram proibidas de realizar vestibular pelo MEC.
PESO DO ENADE
A crítica sobre o peso do Enade (55%) na elaboração do CPC (Conceito Preliminar de Curso) também é recorrente entre representantes de instituições privadas.
Em coletiva anteontem, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) rebateu o posicionamento.
Ele argumentou que outros fatores analisados pela pasta corroboram a qualidade duvidosa desses cursos.
Entre as 270 graduações punidas, por exemplo, 90% possuem até 30% de doutores no seu corpo docente.
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