O presidente do PMDB no Paraná, deputado Osmar Serraglio, admitiu que a sede do partido pode ser penhorada para honrar dívidas de R$ 340 mil – valor referente a dívidas eleitorais e ações perdidas na Justiça no período em que o senador Roberto Requião dirigiu o partido. “Teríamos como pagar, mas o dinheiro do fundo partidário está bloqueado. O prédio não está penhorado, mas pode chegar a isso”, admitiu Serraglio.
A Justiça Eleitoral embargou três prestações de contas do PMDB (2004, 2005 e 2006), segundo Serraglio, por problemas contábeis. “Em um desses anos a sigla misturou recurso do fundo partidário, que deve ser mantido separado, com dinheiro do partido. Isso já é suficiente para reter o repasse. No caso do PMDB, o fundo representa R$ 1 milhão por ano”, explica Serraglio. As despesas correntes são pagas com contribuições dos políticos com mandato, que destinam 5% de seus vencimentos ao partido.
Apesar da situação, Serraglio acena com uma bandeira branca para Requião. “Ele ia ficar de fora do programa do PMDB no horário político eleitoral, mas eu disse para a Executiva que não podíamos deixar um senador de fora”, relatou. “Se eu falar que estou com o Pessuti, dá guerra. Se estiver com os deputados estaduais, dá guerra. Se for com Requião, dá guerra. Depois que virei presidente, não tenho mais grupo”, brinca Serraglio.
José Lazaro/Folha de Londrina
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