Ativistas políticos na Síria disseram hoje (22) que os bombardeios, com o uso de armas químicas, nos arredores de Damasco, capital do país, permanecem intensos. Segundo eles, cerca de 1.300 pessoas foram mortas nos últimos dois dias em decorrência do uso dessas armas pelo governo do presidente Bashar Al Assad, que nega as acusações. O governo brasileiro recomenda cautela e a investigação por peritos internacionais.
A Comissão Geral da Revolução Síria, organização não governamental, destacou que os bombardeios atingiram Muadamiya e Guta, na periferia de Damasco. Também foi atingido o bairro de Al Qabun. Os comités de coordenação local, que apoiam a oposição, informaram que houve bombardeios com artilharia pesada em outras áreas, como Jan Sheij e Daraya.
A organização Exército Livre Sírio (ELS), que também apoia a oposição, domina áreas próximas a Damasco. O governo sírio lançou ontem (21) uma operação sobre bairros dos arredores da capital, controlados pela oposição, e desmentiu que tenha utilizado armas químicas, conforme denunciado.
A Coligação Nacional Síria, que atua em favor da oposição, denunciou que pelo menos 1.300 pessoas morreram ontem. Atualmente, na Síria, há uma missão de peritos das Nações Unidas destinada a investigar três casos de ataques químicos.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu ontem à noite, mas não conseguiu chegar a acordo para pedir formalmente uma investigação sobre o ataque químico denunciado nessa quarta-feira pela oposição síria.
Desde o início dos confrontos na Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas e aproximadamente 7 milhões de sírios precisam de ajuda humanitária de emergência, de acordo com balanço da ONU. Os confrontos foram deflagrados pela disputa política entre a oposição e o presidente Bashar Al Assad, que é pressionado a deixar o poder, mas resiste.
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