“Inclusive, na comemoração da sua eleição, ele foi muito injusto comigo, dizendo que tinha vencido a pressão do governo. Você pode consultar os 29 prefeitos da Assomec se algum deles recebeu alguma ligação minha. Agora levante quantos receberam ligação da ministra (Gleisi Hoffmann – PT), e quantas vezes”.
A declaração é do governador Beto Richa (PSDB), em entrevista Vanguarda Política, sobre o esvaziamento da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), após a eleição do prefeito de Pinhais, Luizão Goulart (PT). A entidade conseguiu reunir, nesta sexta-feira (01) na prefeitura de Curitiba, representantes de apenas 13, dos 29 municípios que integram a entidade.
“Ele quis inverter os fatos e confundir a opinião das pessoas, demonstrando, mais uma vez, que não tem condições de liderar uma associação de municípios tão importantes”, provocou Beto Richa, demonstrando que Luizão conseguiu, em menos de um mês, esvaziar a entidade que representa os municípios da região metropolitana de Curitiba.
Na entrevista, a Elizabete Castro, Beto Richa disse que Luizão está procurando uma desculpa ao relacionar o governador com a crise que vem enfrentando no presidência da Assomec.
Depois de vencer a eleição no critério de desempate, por ser mais velho que o prefeito de Almirante Tamandaré, Aldnei Siqueira (PSD), com quem empatou na votação, Luizão vem enfrentando um levante de prefeitos que querem uma nova eleição. O presidente da Assomec insinuou que o governador estaria incentivando o movimento.
“Não tem nada disso, não sou prefeito, sou governador. Acho que ele está desesperado porque cometeu uma série de irregularidades na sua eleição, segundo ouvi dos prefeitos, que não aceitam a forma ilegal que o conduziu á presidência da Assomec. Primeiro que não consta no estatuto o desempate por idade, depois, a comissão que foi formada ali não tinha legitimidade para tal”, disse o governador.
“Os prefeitos estão recorrendo à Justiça e, pelas suas prerrogativas, vão buscar até administrativamente, uma nova eleição. É um processo democrático e vale a vontade da maioria. Eu não sou prefeito e não voto, então, da minha parte, ele pode ficar tranquilo”, emendou.
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