A disputa pela vaga do deputado estadual Alceu Maron (PSDB), que assumiu no lugar do prefeito de Ponta Grossa Marcelo Rangel (PPS), teve mais um capítulo esta semana. A ex-primeira-dama de Paranaguá, Jozaine Baka, que também é presidente municipal do PPS, esteve no TRE em Curitiba, para depor em favor do médico Felipe Lucas, da região de Irati.
Lucas é o segundo suplente do PPS e tenta herdar a vaga ocupada por Maron desde janeiro deste ano. Maron foi eleito primeiro suplente do PPS, em 2010, porém deixou o partido no mesmo ano, após sofrer perseguição política do presidente estadual do partido, o deputado federal Rubens Bueno.
“É uma barbaridade isto que estão fazendo. O Baka e a mulher dele não deixaram nada de bom para o município e ainda ficam fazendo este tipo de absurdo”, disse Maria José, residente do Bertioga. “Ainda querem tirar o Alceuzinho para por um deputado de Irati?”, indagou.
Fontes informam que Jozaine estaria agindo na disputa entre Maron e Felipe Lucas apenas por rancor político, tendo em vista que seu marido, José Baka Filho, ex-prefeito de Paranaguá, é adversário político do tucano. Além disso, Jozaine também foi candidata à Assembleia Legislativa, obtendo aproximadamente nove mil votos em Paranaguá, bem abaixo do alcançado por Maron, que obteve aproximadamente 25 mil votos.
A foto que ilustra a matéria é dos corredores do TRE, onde Jozaine, segundo relatos, comentava que a viagem com o marido ao Rio de Janeiro, para o desfile na escola de samba União da Ilha, foi “uma das melhores atividades” feitas na vida. Melhor inclusive que participar da inauguração da estátua do Caranguejo ao lado do terminal rodoviário de Paranaguá.
O fato fez com que a ex-primeira-dama, que também foi secretária do Meio Ambiente do marido, fosse ao lado do mesmo alvo de comentários de internautas nas redes sociais. Muitos parnanguaras perguntavam “Onde está o Baka?”, em referência ao silêncio do ex-prefeito sobre os apontamentos de possíveis irregularidades herdadas pela gestão que o sucedeu.
O caso
Em janeiro deste ano o advogado parnanguara Alceu Maron Filho foi empossado pelo TRE como deputado estadual por ser o primeiro suplente da vaga de Marcelo Rangel, eleito prefeito de Ponta Grossa. Na eleição de 2010 ele obteve aproximadamente 31 mil votos, se consagrando como representante do litoral paranaense.
Logo após a eleição, Maron mudou de partido alegando que passou a sofrer forte perseguição de Rubens Bueno, que tinha acordo com a família Baka. O fato se enquadraria como “justa causa”, prevista na legislação eleitoral.
No início de janeiro o juiz e relator do caso, Josafá Antonio Lemes, do TRE, negou pedido de antecipação de tutela feito pelo PPS para reaver a vaga na ALEP e ainda disse que a devolução do mandato não se justifica, porque o PPS não demonstrou quais seriam seus prejuízos ao ficar sem uma cadeira na Assembleia.
Até o fechamento da matéria, a reportagem tentou contato com o deputado estadual Alceu Maron, porém não obteve retorno das ligações.
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