É este o cenário do país depois de dois anos do governo Dilma. É perceptível que o Brasil não tem uma agenda econômica para o quadriênio de governo que chega à sua metade.
Analisando os dados econômicos temos o seguinte quadro: investimentos caindo pelo quinto trimestre seguido; crescimento pífio do PIB brasileiro, previsto para ser mais ridículo que os 2,7% de 2011 e inflação alta (prevista em 5,7%) para um PIB tão baixo.
Um governo perdido em si mesmo, com a nítida intenção de minimizar toda essa incompetência econômica, sugeriu que no segundo semestre deste ano iria diminuir o valor da energia elétrica para a população.
Trecho do artigo “Sem agenda econômica”, de Jorge dos Santos Avila, publicado no jornal “O Globo” e no “Blog do Noblat”. Leia a seguira sua íntegra.
É este o cenário do país depois de dois anos do governo Dilma. É perceptível que o Brasil não tem uma agenda econômica para o quadriênio de governo que chega à sua metade.
Analisando os dados econômicos temos o seguinte quadro: investimentos caindo pelo quinto trimestre seguido; crescimento pífio do PIB brasileiro, previsto para ser mais ridículo que os 2,7% de 2011 e inflação alta (prevista em 5,7%) para um PIB tão baixo.
Um governo perdido em si mesmo, com a nítida intenção de minimizar toda essa incompetência econômica, sugeriu que no segundo semestre deste ano iria diminuir o valor da energia elétrica para a população.
Quando todos pensavam que seria um “pacote de bondades”, eis que o autoritarismo sugere que a conta seja paga pelos estados. Acertadamente Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo colocaram-se contra esse rombo.
Se o governo federal propôs, que subsidie a “bondade”. Qualquer leigo sabe que, em se tratando de receita tributária, a maior fatia é arrecadada pela União. Os estados têm todo um planejamento orçamentário que precisa ser cumprido. Como entes da Federação, eles têm essa prerrogativa.
O que se espera para a outra metade desse governo desgovernado é que a economia seja tratada como tem de ser. Todos esperam isso de uma presidente que é economista.
O modelo deixado de herança pelo seu antecessor, baseado no consumismo, tem se mostrado falho. O cidadão que adquiriu a sua casa do Minha Casa, Minha Vida, mobiliou com a redução do IPI da linha branca, foi dessa vez tentado a consumir comprando automóveis zero, o que mais uma vez contou com a fórmula do IPI reduzido.
Essas medidas expansionistas não são de todo erradas, quando acompanhadas de outras ações que não vieram para evitar o risco inflacionário.
Imaginem a situação do cidadão que comprou a casa, comprou a linha branca para essa casa e tem um carro na garagem. Este cidadão tem toda essa fatura para pagar de um lado, e de outro lado tem a inflação corroendo perto de 6% do que resta.
O que sobra para esse cidadão poupar? O que sobra para esse cidadão investir? É aí que se esvazia a política pensada e executada única e exclusivamente no consumo.
Lembremo-nos que, economicamente falando, a poupança privada faz parte da poupança nacional, e que investimentos são oriundos dessa poupança nacional.
A receita para esta metade final de mandato é simples, e a maioria dos cidadãos brasileiros conhece: o governo precisa cortar gastos e fazer desse corte de gastos investimentos tangíveis no aspecto econômico.
Atrelado a isso, se continuar com a aposta de consumo local, precisa de medidas que reduzam de fato a inflação.
A redução do IPI dos automóveis e a postergação do aumento dos combustíveis ajudaram a fazer com que a inflação não ultrapassasse a casa dos 6%. Mas é preciso fazer mais que isso.
Antes de tudo, é preciso tratar os estados não como inimigos, mas como parceiros.
Jorge dos Santos Avila é bacharel em Administração
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