A Polícia Federal (PF), em Foz do Iguaçu, desmantelou na tarde desta segunda-feira (17) o que classificou de “uma quadrilha formada exclusivamente para a compra de votos”. Até o início da noite, haviam sido presas quatro pessoas acusadas de participar do esquema que envolvia uma clínica odontológica.
Outras quatro, incluindo um candidato a vereador que não teve o nome e nem o partido divulgados, estiveram na delegacia para prestar depoimento e mais tarde liberados. A polícia continua investigando a participação de mais suspeitos no caso.
De acordo com o delegado-chefe, Guilherme de Biagi, a polícia chegou aos suspeitos após uma denúncia anônima. Durante uma semana, desde que o crime começou a ser investigado, os agentes gravaram várias horas de imagens que comprovam o esquema de compra e venda de votos. “As pessoas eram indicadas a procurar essa clínica odontológica, onde lá chegando era tirado o molde dos dentes, para depois de apresentar no mínimo dois títulos, sair de lá com a promessa de que ao fim das eleições, caso o candidato vencesse, receberia o aparelho ortodôntico”, explicou o delegado.
À tarde, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na clínica envolvida e na casa do candidato, onde recolheram dezenas de moldes, listas com os nomes dos beneficiados e do candidato a vereador e fotocópias dos documentos.
“Neste período eleitoral, é importante que a população, tomando conhecimento de crimes como o que foi hoje (ontem) desvendado, informe a Polícia Federal”, alertou lembrando que a pena neste tipo de caso de crime eleitoral é de até quatro anos de prisão. Outros envolvidos poderão responder ainda por formação de quadrilha.
Foto: Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo