A Serlopar (Serviço de Loterias do Paraná) foi à última porta do jogo fechada no Paraná. A declaração é do deputado Caíto Quintana, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, ao responder aos jornalistas sobre a polêmica envolvendo representantes e empresas ligadas a Carlinhos Cachoeira no Paraná.
Em 2003, o Governo do Estado, na gestão de Roberto Requião (PMDB), baixou um decreto suspendendo a Serlopar, serviço criado no último ano de gestão do ex-governador Jaime Lerner. “Só que antes mesmo do governo acabar com a Serlopar, os jogos de bingo e caça-níqueis já haviam sido extintos”, recordou Caíto.
A decisão de Requião atingiu diretamente a Larami, empresa ligada a Cachoeira que operava a loteria estadual. A mesma foi extinta logo após. “A iniciativa do nosso governo antecipou o fim dos jogos de bingo e de caça-níqueis no país”, disse o líder do PMDB, que na época era chefe da Casa Civil do Governo do Estado.
Polêmica
A questão dos jogos no Brasil voltou à tona nos últimos dias, com a prisão de Cacheira, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Em e-mails interceptados durante as investigações, foram identificadas citações ao atual governador, Beto Richa (PSDB), reveladas pelo ex-governador e atual senador, Roberto Requião.
O líder do PMDB acredita que a CMPI (Comissão Mista Parlamentar de Inquérito) criada pelo Congresso Nacional deverá trazer à tona a verdade sobre as informações. “Tanto o Beto como o Requião já demonstraram, na prática, que não apoiam jogos ilícitos”, frisou.
Caíto rebateu ainda as informações de que o ex-governador teria mantido os jogos no estado por 14 meses de seu governo. “Não tem cabimento, uma vez que o nosso governo foi duro, banindo a jogatina no estado, mesmo antes da extinção da Serlopar”, disse.
O deputado também comentou o requerimento apresentado pelo líder da Oposição na época, o deputado Valdir Rossoni (PSDB), pedindo informações sobre a ida de Carlinhos Cachoeira no Palácio Iguaçu.
“Sei que é o papel da Oposição, fiscalizar o Executivo, mas se for responder por todos os que passam pelo Palácio, o governador passa o mandato todo respondendo”, concluiu Caíto Quintana.
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