O deputado Ney Leprevost (PSD) propôs projeto de lei que prevê a criação de programa de incentivo à leitura de jornais e revistas em salas de aula, como atividade extracurricular, nas escolas. Leprevost lembra que outros países e estados – como Bahia e Santa Catarina – já adotam a prática com resultados comprovados.
“O programa tem contribuído para o aumento do hábito da leitura nas instituições de ensino, para melhoria da produção de textos e para o aprimoramento da comunicação individual e em grupo. Está inserido nos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas, tornando-se um recurso pedagógico a mais para professores e alunos, como material de pesquisa e informação”.
No ano passado, o MEC avançou no sentido de aproximar a educação da realidade dos alunos e, por comprovar a relevância da mídia nesse cenário, inseriu no programa “Mais Educação” um módulo específico, denominado Educomunicação, voltado a incentivar as escolas a realizarem um trabalho de aproximação entre as áreas da comunicação e da educação. O modelo proposto deu ênfase ao jornal por sua maior facilidade de introdução nas práticas escolares, em comparação à internet, à televisão e ao rádio.
O obstáculo no caminho de sua aplicação são os custos. Poucas escolas que contam com as verbas destinadas à compra de material didático e paradidático estão também em condições de adquirir os jornais necessários, um exemplar por grupo de cinco alunos, conforme convenção internacional. O que representa um número de sete jornais em cada turma padrão para que professores e alunos consigam desenvolver um bom trabalho
O projeto de Leprevost define que os estabelecimentos de ensino fundamental e médio receberão diariamente, pelo menos um gênero de jornal local ou regional, e mensalmente pelo menos um gênero de revista de amplitude nacional, cabendo à Secretaria de Educação, por meio de processo licitatório, realizar a contratação de empresas que forneçam jornais e revistas para o período correspondente ao calendário escolar anual.
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