de Rogério Galindo, na Gazeta do Povo
Gustavo Fruet tem motivos para ficar preocupado. O regimento do PT, conforme mostra a Gazeta desta sexta, exige que os militantes sejam ouvidos antes de o partido apoiar candidato de outra sigla.
Por isso, quem vai decidir, no fim das contas, se Fruet vai ou não ter o apoio do PT no primeiro turno são 5,5 mil filiados que têm direito a voto. Eles podem escolher Fruet. Mas podem escolher Tadeu Veneri, Dr. Rosinha, Agngelo Vanhoni…
Em tese, o grupo que quer o apoio a Fruet é majoritário. Tem o apoio de dois ministros (Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo) e de outros figurões. Mas militância é sempre imprevisível.
No caso do PT, em média 1,5 mil eleitores participam de escolhas como essa. Se Rosinha e Veneri, os dois que têm mais interesse em candidatura própria, conseguirem juntar forças, podem dar trabalho.
Em 2008, Gleisi ganhou de Veneri por menos de 8% na votação interna. Hoje ela é mais forte, claro. Mas deve ter muito petista incomodado com a possibilidade de apoiar um ex-tucano recém-saído do ninho.
E se o PT não apoiar Fruet… Ele não só perde tempo de tevê. Perde o maior partido de sua possível coligação, perde poder de mobilização, militância e, claro, dinheiro.
Se ele enfrentar mesmo dois candidatos fortes, como Luciano Ducci e Ratinho Júnior, pode até ficar fora do segundo turno.
Tudo isso será resolvido no dia 15 de abril. Pode ser a data mais importante da eleição em Curitiba. Quem se arrisca a dizer?
A disputa interna do PT é salutar, e na verdade demonstra claramente três grupos em oposição: o nacional, o Curitibano e o Londrinense. Elogiável
de qualquer modo é o processo de consultar as bases
sem imposição da cúpula. A disputa na verdade é: que partido governará o PR ? Terrível á saber o valor dado por segundos televisivos.