da coluna Sopa Brasiguaia, em O Estado do Paraná
Na última terça-feira (29), o ex-deputado estadual Chico Noroeste, que andava meio sumido desde o término de seu mandato na Assembleia Legislativa, voltou às páginas da imprensa com o anúncio de que protocolou ofício, direcionado ao governador Beto Richa, solicitando urgência na instalação do curso de Medicina no campus da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em Foz do Iguaçu.
Trata-se de uma antiga reivindicação da sociedade iguaçuense, que acordou da letargia, na semana passada, com o anúncio de que uma extensão do curso de Cascavel será instalada em Francisco Beltrão, e não na Terra das Cataratas, como esperado a princípio. Como justificativa, o argumento de que o Sudoeste não conta com curso do gênero, e de que o Hospital Regional de Beltrão tem estrutura para a parte prática.
Longe de desmerecer os méritos de Francisco Beltrão e do Sudoeste, vale lembrar, entretanto, que a região de Foz do Iguaçu conta com necessidades especiais no que concerne ao setor de saúde pública, como é o caso, por exemplo, dos milhares de brasiguaios (brasileiros residentes no Paraguai) que procuram, diariamente, atendimento nos hospitais e postos iguaçuenses. Além disso, Itaipu e Prefeitura Municipal colocaram, à disposição do Estado, investimentos em laboratórios e, até mesmo, custeio de folha de pagamento.
À boca pequena, correm versões de que a primazia de Beltrão sobre Foz teria dado-se, basicamente, por dois fatores: representatividade política (Foz e o extremo oeste têm apenas um deputado estadual, além de inúmeros prefeitos opositores) e rixas particulares com representantes da própria Unioeste. Rumores prontamente desmentidos, aliás, pelo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Santos Leal Neto.
O ideal, na visão de todos, seria que tanto Francisco Beltrão, como Foz do Iguaçu, possam ser contempladas. Em todo o estado, porém, existem pedidos para a abertura de mais de 50 cursos. Como solucionar a equação e balanceá-la para beneficiar a todos? Algo que o governo, de alguma forma, terá de descobrir para proporcionar, ao cidadão paranaense, o atendimento a seus anseios por ensino público presente em todas as regiões do Paraná.
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