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Interesses paroquianos por trás da tentativa de derrubar Gleisi

De Roseli Abrão:

Os petistas paranaenses não têm dúvidas que as denúncias que estão aparecendo na mídia nacional contra a ministra-chefe da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann, partem de algumas lideranças políticas paranaenses.

Para eles nem se trata da famosa “autofagia” paranaense.

Muito mais do que isso, visam o mandato de Gleisi no Senado Federal.

— São questões periféricas movidas por interesses de políticos adversários no Estado. É a turma que quer a vaga no Senado, afirma um petista, que prefere o off.

Os petistas identificam pelo menos dois políticos por trás das denúncias: o ex-deputado Ricardo Barros, do PP; e o deputado federal Rubens Bueno, do PPS.

Porque só os dois – dizem – teriam conhecimento dos casos denunciados (uso do jatinho da Construtora Sanches Tripoloni na campanha eleitoral; e a demissão do cargo que ocupava na Itaipu Binacional, que lhe teria rendido 145 mil reais em março de 2.006).

Bueno & Barros

Na leitura petista, a denúncia do acordo feito por Gleisi com a Itaipu só poderia ter como fonte o deputado Rubens Bueno, ainda mais que ele, que também foi diretor de Itaipu, revelou à imprensa nacional que se recusou a fazer um acordo semelhante para deixar a Binacional.

Os objetivos de Rubens Bueno não estão muito claros para os petistas, mas desconfiam que seria pelo “prazer” de fazer oposição, uma vez que o PPS integra a bancada oposicionista no Congresso Nacional.

Mas em relação a Ricardo Barros, o caso seria diferente.

Seu objetivo seria o mandato de senador.

Quarto colocado na disputa pelo Senado nas eleições de 2.010, Barros, dizem os petistas, sonha em assumir o mandato numa eventual cassação de Gleisi.

— Ele acredita que Fruet (terceiro colocado na disputa ao Senado) será eleito prefeito de Curitiba e, assim, ficaria com a vaga, analisa um parlamentar do PT.

Questões periféricas

Os petistas lamentam esta onda de “denuncismo” até porque, “ao invés de se ater a questões sérias Gleisi tem que ficar se preocupando com questões periféricas”.

— Não creio (que as denúncias) vão prejudicar a ministra. Mas gasta energia e dá calor a algo que não é relevante, disse um petista.