Amigos e familiares do ambientalista Jorge Grando, assassinado no último dia 23 de abril, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, realizaram nesta quinta-feira (26), na Boca Maldita, no centro da capital, um ato em homenagem a Grando.
Diversas lideranças do movimento ambiental como o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), índios da aldeia Araçaí, de Piraquara, fundada por ele e familiares das outras quatro vítimas da chacina participaram do encontro.
“Esse encontro não é um ato de protesto, mas um ato que pretende lembrar essa data importante para todos nós e triste pela perda dele. Não foi uma perda para o Paraná ou para o Brasil, é uma perda para humanidade. Um dia a natureza cobra”, explicou a organizadora do ato, Marília Lucca, afilhada de Grando. No total, mais de cem pessoas participaram da manifestação, além dos transeuntes que passavam pelo local.
O que mais chamou a atenção das pessoas foram às músicas indígenas tocadas por crianças da aldeia no decorrer do ato. Com mais de 30 anos de militância na área ambiental, Jorge Grando era membro do Conselho Gestor dos Mananciais da Região Metropolitana de Curitiba e foi o criador do Dia do Rio, comemorado em 24 de novembro, quando sugeriu ao ex-presidente da Assembleia, Aníbal Khury, a ideia do projeto.
Rasca lembrou a importante luta do ambientalista na defesa das águas e dos mais humildes, considerando sua morte uma perda irreparável para o movimento ambiental.
“Foi uma perda irreparável, porque era alguém que defendia a água, a vida, com muita humildade. Infelizmente, até agora, não tivemos um desdobramento do caso, por isso é importante homenageá-lo hoje. O delegado que está conduzindo o caso é uma pessoa muito competente e esperamos esse processo para fazer justiça”, disse.
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