Por Daniel Costa, no Jornal de Londrina:
O advogado Petrônio Cardoso, que defende o ex-conselheiro municipal de Saúde Marcos Ratto, preso em 10 de maio, afirmou na manhã desta quinta-feira (19) que a mulher do prefeito Barbosa Neto, Ana Laura Lino, teria pressionado os conselheiros para que aprovassem a contratação do Instituto Atlântico para prestar serviços de saúde em Londrina.
Ratto chegou a sede do Gaeco sorridente e dizendo que “Londrina conheceria a verdade”. Pouco mais de uma hora depois, o advogado dele acusou a primeira-dama de participar do esquema de desvio de recursos públicos da saúde.
Ratto foi preso durante a Operação Antissepsia, que já prendeu 20 pessoas suspeitas de um esquema de desvio de recursos do setor da saúde de Londrina.
Segundo o advogado, era a primeira-dama quem “geriu e insistiu para que os membros do Conselho Municipal” aprovassem a contratação do instituto Atlântico. Cardoso afirmou ainda que ela recebia propina do instituto.
“A primeira-dama, apesar de não exercer o cargo de secretária da Saúde, é quem mandava e manda no sistema de saúde pública do município, segundo a versão do meu cliente.”
Cardoso revelou ainda que a primeira-dama pressionava os conselheiros em encontros realizados em uma sala dentro do prédio da Prefeitura. “Ela era impositiva, batia na mesa. Em uma sala que ocupa na prefeitura, ela exigiu dos conselheiros que aprovassem a contratação do Atlântico.”
Escalrecimentos
No começo da tarde, Ana Laura compareceu ao Gaeco para prestar esclarecimentos. Ela colocou à disposição o sigilo telefônico e bancário.
O promotor de Defesa do Patrimônio Público Renato de Lima Castro afirmou que não poderia fazer qualquer avaliação sobre a uma possível participação da primeira-dama no esquema de desvio para não ser precipitado.
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