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A CCJ de Justus na Alep de Rossoni

Via blog do Zé Beto:

Do Goela de Ouro

Na Assembleia Legislativa a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem atualmente na presidência o deputado estadual Nelson Justus (DEM) ganhou o apelido de “Triângulo das Bermudas”. As proposições dos deputados caem lá e tomam chá de sumiço.

Justus assumiu e comandou cinco sessões e pouca coisa andou. Para quem não sabe, se a CCJ não carimbar, a tramitação não vai pra frente. Quem está na Casa do Povo e olhou o que foi aprovado viu apenas festas municipais, aquelas que resultam em feriados locais, títulos de “utilidade pública” e indicações legislativas. Poucos projetos são os projetos que chegam até o plenário para análise. Vai daí que este dedicou boa parte do seu tempo para apreciar vetos.

Um projeto que é protocolado na sessão plenária e recebe o aval dos deputados segue para a Comissão de Constituição e Justiça. Lá, os advogados levam e média de três a quatro dias para emitir um parecer ao deputado que vai relatar tal matéria.

Se esses projetos apresentados desde o início da atual Legislatura ( eo que que não falta é deputado novo querendo mostrar trabalho) não chegam a ser apreciados pela CCJ, daqui a pouco vai faltar proposta para ser apreciada, debatida e votada no plenário da Casa.

Nelson Justus não conseguiu os 12 funcionários que queria para a CCj, mas conseguiu permissão para contratar oito profissionais para servi-lo. A dúvida é: ou esse contingente todo não está operando como deveriqa, ou o problema é o próprio presidente.

Nos bastidores da Assembleia há uma teoria a respeito dessa ”inoperância”. A razão seria uma queda-de-braço entre o presidente da CCJ e o presidente da Casa, deputado Valdir Rossoni (PSDB).

Os deputados sabem que, quando disputava a indicação para ser presidente da Comissão, Justus apresentava como argumento o fato de que precisava do apoio ter poder de negociação sobre Rossoni.

Travar a pauta da CCJ pode ser a estratégia de barganha encontrada por Justus, já que o que mais Rossoni teme é a demonstração de que nem tudo na Assembleia Legislativa do Paraná funciona automaticamente ao sabor de um simples gesto de seu comando.