Por Josias de Souza, na Folha Online:
Dilma Rousseff e José Serra tonaram-se candidatos-parafusos. Com as ideias espanadas, rodam a esmo em torno dos mesmos assuntos. O debate deste domingo foi menos encrespado que o anterior.
Recolheram-se os punhos. Bom. Abortou-se a agenda religiosa. Ótimo. O diabo é que o tempo de sobra foi usado em rodopios ao redor do mesmo. As teses foram expostas em profundidade que pode ser atravessada por uma formiga de joelhos.
Antes de trocar o enredo em miúdos, a conclusão: As câmeras não testemunharam nenhum escorregão. O debate serviu mais para consolidar a preferência do eleitor do que para virar votos. Nesse sentido, foi mais últil a Dilma, à frente nas pesquisas.
Num olhar microscópico, Serra lidou melhor com o português. As frases de Dilma soaram enleadas. No último bloco, sua confusão brigou com o relógio. A pupila de Lula ajudaria a si mesma se banisse dos lábios a expressão “no que se refere a…”. Repetiu-a três dezenas de vezes.
De resto, a esperteza de Dilma, por repetitiva, começa a engolir a dona. Serra parece antecipar-lhe os lances. Livra-se das armadilhas com mais naturalidade. Para grudar no rival um pouco mais de FHC, Dilma puxou-o para a arena das privatizações. (Leia mais)
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