Por Lilian Tahan e Ana Maria Campos, no Correio Braziliense:
Diálogos transcritos no inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que subsidiou a ação da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora, apontam o iceberg de um suposto esquema de desvio de recursos instalado em, pelo menos, uma área vital do governo: a Secretaria de Saúde.
O que dá robustez às conversas gravadas com autorização da PF é um levantamento sobre o histórico de gastos na secretaria com a empresa Uni-Repro Soluções para Documentos Ltda. E o que torna esses gastos ainda mais suspeitos é o fato de o próprio governo admitir em um documento que as despesas com a empresa Uni-Repro são 89% superiores aos praticados no mercado.
A Uni-Repro é uma empresa criada em São Paulo, mas que ganhou o mercado de Brasília a partir de 2007, num contrato por meio de ata de registro de preço — um expediente que se baseia numa licitação feita por outro órgão. Daquele tempo até agora, a participação da firma especializada em reprodução de material gráfico só cresceu. (Leia mais)
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