Por Celso Nascimento, da Gazeta do Povo:
Treze garrafas serão oferecidas hoje à tarde aos participantes da reunião da comissão especial da Câmara Municipal que discute a questão do lixo de Curitiba. Doze delas conterão um líquido escuro, conhecido pelo nome de chorume; a 13.ª, água retirada de um poço doméstico. A origem desses líquidos fica nas proximidades do aterro do Caximba, local onde são depositadas cerca de 2,4 mil toneladas por dia do lixo da capital e de outros 17 municípios metropolitanos.
Os presentes à reunião serão convidados a beber o conteúdo das garrafas!
Esta radical manifestação foi organizada pela associação dos moradores do bairro da Caximba, alarmada com a reativação permitida pela Justiça de uma parte do aterro sanitário em desuso já há anos. Entretanto, apesar de desativada, continua produzindo chorume – líquido resultante da decomposição do lixo orgânico, altamente contaminado – que verte em direção a córregos vizinhos ou se infiltra no lençol freático. Por isso a comunidade que vive ao redor do aterro protesta contra a decisão judicial de permitir a continuidade do aterro por mais um ano, a pedido da prefeitura de Curitiba.
O protesto dos moradores não se restringirá à gentil oferta de chorume aos vereadores para conscientizá-los do grave problema. Chegará também ao juiz Marcel Rótoli de Macedo, da 1.ª Vara da Fazenda Pública, que concedeu a liminar. Eles querem que o magistrado reconsidere sua decisão, pois teria recebido informações incompletas sobre a realidade local. Uma delas é de que nenhum aterro pode ser feito ou reativado a menos de 500 metros de local habitado.
Ficca Beto, finca! Tomaram curitibocas, votem em playboy, de novo.
Boa idéia, fazer o prefeito tomar a água, junto com os vereadores dele, prá ver se sobrevivem. Porque os moradores do lixão tem que conviver lá? Porque o prefeito vive numa mansão rodeada de árvores, enquanto os pobres sobrevivem.