Não é só o prefeito de Curitiba, Beto Richa, que está aplicando o golpe do bilhete premiado para atrair lideranças políticas ao ninho tucano visando a guerra intestina que empreende contra o senador Alvaro Dias. Os dois disputam a condição de candidato ao governo do estado.
O comitê anticrise do prefeito também faz a parte dele. Vende a ilusão a Richa de que “a aliança com o governador Roberto Requião está certa e liquida”. Isso não corresponde com a realidade política. Para utilizar a expressão do presidente estadual do PMDB, deputado Waldyr Pugliesi, trata-se de “171 político”.
Richa aplica o golpe do bilhete premiado nos desavisados porque vem sendo vítima do golpe do bilhete premiado há muito tempo. Na psicologia comportamental, isso seria uma espécie de generalização de comportamento. Ou seja, o prefeito tucano precisa reproduzir aquilo que está sofrendo em cima de terceiros para continuar enganando a si próprio. Acredito que o comitê anticrise não conseguirá entregar o que está prometendo ao prefeito de Curitiba. Ou alguém vislumbra um palanque que reúna Richa e o governador Roberto Requião?
A presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, hoje à noite, na Granja Canguiri, ajuda a corroborar a minha tese. Com certeza, a candidata de Lula sentará à mesa do governador Requião para discutir uma frente política capaz de derrotar justamente as forças neoliberais representadas pelo PSDB de Richa. Como se vê, caro leitor, a realidade é totalmente distinta daquela vendida pelo comitê anticrise. Quem viver verá.
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