Por Rogério Waldrigues Galindo na Gazeta do Povo:
A lei em risco – A legislação eleitoral brasileira está sendo colocada em risco. A desculpa encontrada pelo PSDB de Curitiba para sua relação com o Comitê Lealdade (aquele de Manassés e companhia) é pífia. Mas, se colar, colocará em xeque todas as proteções que existem hoje contra ilegalidades durante a campanha eleitoral.
Que o tal comitê fazia campanha para Richa ninguém nega. Que Richa sabia disso também é impossível negar – ele próprio foi discursar no local, como se sabe, para elogiar a coragem de seus companheiros de batalha. Quando se soube o que ocorria dentro do comitê, porém, Richa saiu-se com uma estratégia inovadora: diz que o comitê não tinha nenhuma relação oficial com sua campanha. Era um comitê “independente”.
Os fatos que vêm sendo revelados sobre o caso, especialmente pelos jovens e talentosos repórteres da editoria de Vida Pública desta Gazeta, estão mostrando, antes de mais nada, que a “independência” era relativa. O PSDB pagou pela casa em que as ações se desenvolviam e há indícios de que gente do alto escalão da campanha de Beto estava envolvida em repasses de dinheiro para o comitê.
Mas se a versão da independência fosse acatada por alguma corte jurídica do país (e não há de se duvidar disso, já que o STJ acaba de dizer que fazer sexo pago com adolescentes não é crime…) estaríamos em maus lençóis. (Leia mais)
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