O protesto pacífico organizado pela “Frente Social e Popular” do Paraguai contava com o apoio de artista, intelectuais, além de “campesinos” e “obreros”
Rodrigo Monzon, especial para o Boca Maldita
Cerca de 1.500 pessoas, entre estudantes e massas sindicais do Paraguai se encontraram na manhã de ontem (quarta-feira, 5) para realizar uma manifestação em favor dos “campesinos” (movimento similar ao MST no Brasil). Com o apoio de diversos músicos, atores e intelectuais o protesto tinha como alvo a sede da “Fiscalia General Del Estado”, órgão responsável pela reforma agrária no pais. Além de exigir uma nova política para a reforma agrária, os manifestantes pediam a renuncia imediata de Ruben Candia Amarilla, que ocupa o cargo de Fiscal Geral do Estado.
Soldados do grupo especial “Antimotines” interpretaram o cerco ao prédio como uma tentativa de invasão e entraram em choque com os manifestantes transformando o centro de assunção em uma praça de guerra (fotos acima).
O vendedor Renato Bravo Del Puerto, de 22 anos, que participava da manifestação no centro de Assunção, foi atingido por vários disparos de balas de borracha. “Ao chegar em frente ao prédio os policiais já esperavam a manifestação, e começaram a atirar, sem nenhuma provocação” conta Del Puerto.
Os enfrentamentos entre polícia e Campezinos tiveram início as 7.30 da manhã, horário de Assunção, e duraram até o início da tarde. A noite, várias avenidas da cidade eram patrulhadas por grupos especiais da polícia.
Fotos: Renato