Demorou um pouco, mas as investigações da Polícia Federal, na denominada Operação Satiagraha, respingaram em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A citação do município está diretamente ligada ao escândalo das investigações envolvendo doleiros, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o banqueiro Daniel Dantas.
No final de 2002, o delegado da Polícia Federal José Castilho deixou a investigação do caso Banestado em meio a denúncias de falta de diárias e de apoio institucional para continuar inspecionando em Nova York, com a ajuda dos peritos Renato Barbosa e Eurico Montenegro, os arquivos da filial do banco paranaense.
De volta ao Brasil, a equipe seguiu fazendo planilhas com os dados que havia coletado em 74 dias de atividades nos EUA. A engenharia aplicada pelos fraudadores no Banestado demorou a ser compreendida. Uma curta explicação possível: doleiros brasileiros abriram empresas em paraísos fiscais para, com elas, abrir e movimentar contas no Banestado em Foz do Iguaçu (PR).
Dessa agência fizeram milhares de remessas (estima-se R$ 120 bilhões entre 1996 e 2002) para outras contas abertas na filial do Banestado de NY. No final dos anos 90, o delegado Protógenes Queiroz, o mesmo que agora saiu do comando da Satiagraha, investigou as remessas de Foz do Iguaçu. Ele dizia, na época, que "90%" do dinheiro que saiu por lá era fruto da corrupção. Confira outros detalhes da investigação em matéria da Folha Online reproduzida na íntegra no
Deixe um comentário