Por Fábio Campana, no Estadinho
Não há um analista da terra que acredite na vitória de Geraldo Alckmin no Paraná. Todos apostam em Lula na cabeça.
Sobre a disputa do governo do Paraná, há divergências. Marqueteiros e publicistas tucanos e adjacentes reunidos no bar do Victor, na noite de terça, juram que as pesquisas estão erradas. Ora, pois, essa gente ainda têm esperanças na vitória de Osmar Dias.
O clima é esse. Qualquer incidente periférico ganha tons dramáticos. Nas ruas, a temperatura sobe e as iniciativas são típicas de torcida de futebol. Incluídas as vaias e as ovadas. Candidatos e autoridades envolvidas no processo precisam manter a fleuma e o bom humor.Ou tudo vira luta de classes.
O PMDB pôs a tropa na rua. “Onde o Beto vai, o Doático vai atrás”, diz uma jovem militante, encarregada de rastrear a movimentação do prefeito. Dia e noite. É a marcação homem a homem da turma de Requião.
Hoje, a tensão aumenta na expectativa do Ibope que será divulgado à noitinha, antes do debate entre os dois candidatos na RPC. Último embate direto, última chance de mudar o curso desta história. Embora todos saibam que o debate será engessado como sempre, justamente para evitar o confronto que justificaria a sua realização.
Uma hora e meia. É o tempo que os candidatos Roberto Requião, do PMDB, e de Osmar Dias, do PDT, têm para atingir corações e mentes do eleitorado paranaense no debate de hoje à noite. Caso algum deles desista, haverá uma entrevista. Pelas regras acordadas, a bancada permanecerá no cenário, mesmo vazia.
Hoje vai ser diferente. Os candidatos ao governo do Estado que participam do debate da RPC vão permanecer sentados, atrás de uma bancada e a uma distância razoável. Serão cinco blocos de perguntas entre si, dois com temas livres, dois com sorteio de assuntos pré-escolhidos pela produção e o último para considerações finais.
E amanhã, a repercussão de cada qual. Tanto um quanto outro dirá que venceu. Isso saberemos no domingo, depois da abertura das urnas.