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500 mil vão às ruas contra Dilma no PR

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Os primeiros números dos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre apontam que 500 mil pessoas protestaram pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em mais de 15 cidades do Paraná. No total, os dois movimentos apontam que mais de 4 milhões se manifestaram em 400 cidades brasileiras e alguns centros nos EUA e na Europa. No Paraná, Curitiba reuniu a maior manifestação: 200 mil segundo a Polícia Militar e 250 mil, segundo o MBL e VPR. “Estamos fazendo história. O governo Dilma acabou. Demos uma lição de cidadania e democracia. O povo já fez sua parte, agora depende do Congresso Nacional e do TSE, mas estaremos vigilantes e mobilizados”, disse Eder Borges do MBL.

Além de Curitiba, os maiores protestos foram em Londrina (90 mil), Maringá (50 mil), Foz do Iguaçu (20 mil), Vampo Mourão (10 mil), Ponta Grossa (10 mil), Paranavaí (10 mil), Cascavel (5 mil) e Guarapuava (5 mil). Ainda foram registradas manifestações em Cornélio Procópio, Marechal Cândido de Rondon, Toledo, Paranaguá. “Ainda não fechamos os números, mas no Paraná os protestos reuniram entre 450 mil e 500 mil pessoas”, disse Eder Borges. Os números finais serão fechados nesta segunda-feira, 14, pelo MBL e VPR.

Curitiba foi chamada a capital moral do país por sediar a Operação Lava Jato e seção da Justiça Federal que cuida dos casos de corrupção na Petrobras e que envolve políticos do PT, PMDB, PP, entre outros partidos.

“O juiz Sérgio Moro é herói nacional e está provando que os poderosos também vão para cadeia por desviar o dinheiro público, que é um dinheiro que falta para a saúde, a educação, a segurança”, disse Denacir Gonçalves, funcionária pública estadual.

Moro é paranaense, nascido em Maringá é responsável pelas decisões judiciais no âmbito da Lava jato, Em nota à imprensa, o juiz se disse “tocado” pelas manifestações no país.”Neste dia 13, o Povo brasileiro foi às ruas. Entre os diversos motivos, para protestar contra a corrupção que se entranhou em parte de nossas instituições e do mercado. Fiquei tocado pelo apoio às investigações da assim denominada Operação Lavajato”, disse Moro.Para o juiz, “não há futuro com a corrupção sistêmica que destrói nossa democracia, nosso bem estar econômico e nossa dignidade como País”.

“Apesar das referências ao meu nome, tributo a bondade do Povo brasileiro ao êxito até o momento de um trabalho institucional robusto que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e todas as instâncias do Poder Judiciário. Importante que as autoridades eleitas e os partidos ouçam a voz das ruas e igualmente se comprometam com o combate à corrupção, reforçando nossas instituições e cortando, sem exceção, na própria carne, pois atualmente trata-se de iniciativa quase que exclusiva das instâncias de controle”, completa Moro.

No Paraná, os protestos atingiram também o ex-presidente Lula (PT), os peemedebistas Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados), Renan Calheiros (presidente do Senado) e o vice-presidente Michel Temer, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ex-ministro Paulo Bernardo (PT), marido de Gleisi, e até o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT).

Um dos alvos da operação e das manifestações nas ruas, Gleisi atacou a imprensa em uma série de posts no twitter. “E a Globo, hein? Sem identificação nos microfones, imagens por celulares. O que temem?”, disse Gleisi na rede social.

“E o apoio dos meios de comunicação? Chamadas, avaliações, incentivos?”, questionou a petista que ainda perguntou. “Quem está bancando as manifestações de hoje: caminhões, balões, faixas, cartazes?”. “Com certeza não foi com o dinheiro roubado da Petrobras”, devolveu Enrico Salvatore, do VPR.

Foto: Ricardo Almeida