O pagamento do 13.º salário no mês de dezembro vai injetar R$ 2 bilhões a mais na economia de Curitiba. A estimativa do Dieese traz o impacto do 13º do mercado formal de trabalho nas 29 principais cidades do Estado. No último mês do ano, a Prefeitura de Curitiba paga a segunda parcela do 13º e os salários de dezembro aos servidores municipais. Serão mais de R$ 190 milhões em salários.
As estimativas do Dieese cruzam dados do Ministério do Trabalho/Rais, Caged e Ibge/INPC. No universo das 29 cidades, o impacto do 13º em Curitiba representa 42,37% do volume de dinheiro na economia – em 2010, esse percentual era de 30,49%. Além de Curitiba, na lista estão Londrina (R$ 253,9 milhões), Maringá (R$ 208,9 milhões), São José dos Pinhais (R$ 188,6 milhões), Araucária (R$ 127,3 milhões), Cascavel (R$ 125,5 milhões), Ponta Grossa (R$ 121 milhões) e Foz do Iguaçu (R$ 82,5 milhões).
A injeção nas oito grandes cidades da região metropolitana – Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária, Pinhais, Colombo, Campo Largo, Almirante Tamandaré e Piraquara – representam R$ 2,5 bilhões. O impacto nas 29 cidades será de R$ 3,7 bilhões e no Estado, R$ 4,7 bilhões.
Os dados levantados pelo Dieese apontam também ao pleno emprego estabelecido em Curitiba em 2011. O saldo de empregos no mercado formal já supera em 26.607 – dados de janeiro a agosto – em relação ao ano de 2010. A capital do Paraná, nesse período, já tem registrados 875.457 empregos contra os 848.850 abertos em 2010. Como o levantamento precisou dados até agosto deste ano, o saldo deve ser maior ao contar os quatro últimos meses de 2011.
O salário médio do trabalhador Curitibano também é superior em relação aos trabalhadores de 27 grandes cidades. Conforme apurou o Dieese, hoje a média salarial do curitibano está na casa de R$ 2.287,02 e de Araucária R$ 2.331,09. A média salarial das outras 27 cidades oscila entre R$ 1.099,00 (Irati) e R$ 1.965,17 (São José dos Pinhais). A média salarial no Estado está na casa dos R$ 1.625,41. Em 2010, a média salarial em Curitiba ficou em R$ 2.143,38.
Além do dinheiro extra do 13º, a economia da capital do Paraná também conta com a geração de empregos temporários nesta época do ano. Muitas lojas, supermercados e shoppings reforçam suas equipes de vendas para atender a demanda de consumidores atrás de presentes para as festas de fim de ano.
A Prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria do Trabalho, realizou em outubro o 3º Mutirão do Emprego Temporário de Curitiba. O mutirão bateu recorde na geração de oportunidades de emprego. Ao todo 9.876 pessoas foram encaminhadas a empresas. Durante os dois dias foram feitos 30.700 atendimentos.
Acima da média – “A média nacional aponta que 30% dos empregos temporários viram empregos efetivos depois do período de festas. No último ano conseguimos 37% de efetivação dos empregos temporários. Para esse ano nossa meta é efetivar 40%”, explicou o secretário do Trabalho, Paulo Bracarense.
Bracarense afirmou que as ações de qualificação promovidas pela secretaria ajudam Curitiba a ter um dos menores índices de desemprego do país. Curitiba vive a fase do pleno emprego, quando os índices de desemprego ficam abaixo de 5%.
“Em Curitiba a taxa de desemprego é de 3%. Curitiba e região metropolitana têm 3,7%. Nossas ações na Prefeitura refletem em toda a região, não só em Curitiba, na geração de vagas de emprego”, definiu Bracarense.