O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta terça-feira (26) em evento promovido pelo BTG Pactual, em São Paulo, que ainda não dá para saber quantos votos o governo tem na Câmara para aprovar a reforma da Previdência (PEC 6/19), mas ressaltou que o único partido da base, por enquanto, é o PSL, do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Maia, o governo precisa definir que tipo de aliança vai ser construída com os parlamentares.
“O governo tem um líder que está construindo a maioria para o governo. Nós que conhecemos a importância da reforma vamos ajudar; mas a amplitude dessa base tem que ser feita pelo Bolsonaro e pelo Onyx (Lorenzoni). Hoje, eu digo que o governo tem o PSL na base e não tem mais partido nenhum”, afirmou Rodrigo Maia.
Para o presidente da Câmara, é preciso abandonar a discussão da campanha presidencial sobre o que é a velha política e a nova política. “Existe a política e o Parlamento é ambiente mais importante do diálogo”, enfatizou.
Governadores
O presidente da Câmara destacou que, apesar da resistência dos partidos de esquerda, os governadores podem contribuir com votos na oposição para aprovar o texto. Para Maia, os governadores têm consciência da importância do texto já que muitos já enfrentam uma situação grave nas contas públicas. Ele ressaltou ainda que, após a aprovação da Previdência, a Câmara pode votar projetos de interesse dos governadores como a securitização (PLP 459/17).
“Sem a reforma, vamos ter quase toda a federação com dificuldade de pagar os salários, temos que trazer a esquerda pelo apoio dos governadores”, sugeriu.
Comunicação
Maia também voltou a defender que as redes sociais ligadas a Bolsonaro tenham um papel central na defesa da reforma. “Vejo com preocupação esse erro, um erro primário, de não ter preparado as redes sociais com essa guerrilha. A gente tem que ter a capacidade de fazer esse enfrentamento. O que vai mobilizar a sociedade são as redes sociais”, afirmou.
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