De Brasília, os jornalistas Guribe e Leticia Casado informam que o julgamento da ação que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer começa na próxima terça (4) com uma primeira disputa: a tentativa de garantir que o ministro Henrique Neves dê seu voto antes que seu mandato no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) chegue ao fim.
A defesa de Dilma pediu cinco dias de prazo para se manifestar sobre o relatório do ministro Herman Benjamin, relator do processo, que concedeu 48 horas para tanto.
O relatório é uma espécie de resumo do processo, sem juízo de valor.
O pedido da ex-presidente será analisado na abertura do julgamento de terça. Se os ministros do TSE entenderem que os cinco dias solicitados são necessários, a sessão será suspensa, impedindo que o relator apresente seu voto sobre o mérito da ação.
Neves faz sua última participação como ministro do TSE na sessão de 6 abril, quinta-feira. Seu mandato acaba dez dias depois e ele será substituído pelo advogado Admar Gonzaga, indicado por Temer.
Nos bastidores, a expectativa é que Neves acompanhe Herman Benjamin, que deve votar pela cassação da chapa presidencial.
Os aliados de Temer apostam na posição de Gonzaga contrária ao relator e torcem para que Neves fique de fora da votação.
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