O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira, 16, um projeto de mudanças nas 54 bibliotecas públicas da cidade, com ampliação do horário de atendimento também aos domingos, por quatro horas, aumento das atividades culturais e alterações na forma de aquisição dos lançamentos literários. No mesmo evento de lançamento do programa, chamado de Biblioteca Viva, Doria disse que a Prefeitura estuda conceder espaços das bibliotecas para a iniciativa privada instalar cafeterias, como nas grandes livrarias privadas.
‘Vamos ter livros mais novos e a um preço menor’, diz o prefeito João Doria (PSDB), que pretende pedir doações a empresas. “Em algumas bibliotecas, aquelas que são maiores, vamos ver se a gente consegue fazer a concessão para termos cafés. Café é uma coisa que combina muito com essa interatividade e traz esse mesmo ambiente que as grandes livrarias já oferecem”, disse.
O prefeito disse que o modelo de concessão não acarretará custos adicionais ao poder público.
A gestão afirmou que também mudará a forma de aquisição dos livros. Em vez de comprá-los em distribuidoras, a ideia é ir direto às editoras das publicações. Com isso, o governo municipal diz que economizará. “Vamos ter livros mais novos e a um preço menor.”
Doria também afirmou que pedirá doação de livros às empresas.
Gastos. O secretário municipal de Cultura, André Sturm, disse que os gastos adicionais do programa já estão previstos no orçamento na pasta, mas não revelou os valores. Ele lembrou que existem unidades com equipes pequenas, de só dois funcionários.
A estratégia será de adotar medidas econômicas, como a contratação de estagiários, que receberão R$ 1.000 mensais para atuar nas unidades. Também haverá pagamento de hora extra a alguns servidores, incluindo funcionários de outras secretarias.
“Não há recurso para contratar novos servidores”, declarou Sturm.
O Biblioteca Viva terá nove eixos de transformação, segundo a administração municipal. Entre eles estão a ampliação dos dias de atendimento, a proposta de ampliar os pontos de Wi-Fi para todas as unidades (hoje só 19 têm o serviço), a alteração da exposição dos livros para que sejam visualizados pelas capas e não pelas lombadas, a divisão de categorias por gênero (humor, literatura policial, etc).
A Prefeitura também quer chamar escritores consagrados para “apadrinhar” as bibliotecas, apelidados de “embaixadores”.
O secretário garantiu que, mesmo com a expansão das atividades culturais, não haverá prejuízo para o principal público alvo, o leitor. “Vamos fazer atividades compatíveis com o espaço não vai ter show de rock”, disse.
Com as mudanças, Sturm prevê um aumento de até 50% do público geral das unidades até o fim de 2017. Não afirmou, no entanto, qual é a atual quantidade de frequentadores.
Deixe um comentário