Mesmo depois de uma greve que lutou pelo pagamento das horas extras de servidores, a Secretaria de Saúde de Curitiba não honrou o serviço extraordinário. Durante a mesa de negociação da pauta especifica da Saúde, ainda no dia 6 de julho, diretores do sindicato e servidores das unidades denunciaram a manutenção do não pagamento das horas extras.
A Secretaria justificou à época apenas que estava acompanhando a demanda para encaminhar ao recursos humanos. Atualmente, em resposta a ocupação da Prefeitura, a secretária de recursos humanos disse que “não temos informação concreta sobre a existência de horas extras realizadas e não pagas”.
Para o Sismuc, esta situação representa um círculo vicioso. “É o retorno do velho problema: com poucos servidores para atender a demanda, as horas extras seriam um consequência natural. O que não podemos aceitar é que não sejam pagas, de novo”, destacou a coordenadora Irene Rodrigues.
Extrapolando o limite
A avaliação da dirigente sindical é de que o número de horas extras devidas aos servidores da saúde torna-se “incalculável, porque a chefia imediata faz acordos fora de qualquer amparo legal e isso não chega para a gente”, denuncia, apontando que o sindicato está em busca de acesso aos dados atualizados sobre as pendências da Prefeitura no pagamento de horas extras.
De acordo com Irene, o maior número de horas extras está de fato concentrado no segmento saúde. A prefeitura devia 33 mil horas extras aos servidores da Saúde, o que levou aos dois dias de greve de fevereiro de 2015. A dívida total, de acordo com o Sismuc, era à época de aproximadamente R$ 1,5 milhão.
Em outros setores, uma situação comum é o servidor fazer um regime de reposição “sem amparo jurídico”, afirma.
Foto: Sismuc
Esse povo é do crega