Impeachement na pauta
A votação do processo de impedimento da presidente Dilma (PT), programado para domingo (17) é o principal tema das rodas de discussões e dos corredores do Centro Cívico de Curitiba. Na Assembleia Legislativa circulam dezenas de “bolões” de apostas onde o se passa ou não o impeachment ficou para o segundo plano. A certeza no sim é tão forte que a maioria das apostas é saber quantos votos a favor e contra Dilma.
MST bloqueia
Como havia prometido Stédile, o MST começou ontem a botar o exército do MST a bloquear rodovias em todo o país, contra o impeachment de Dilma. No Paraná, foram registrados bloqueios em Curitiba (BR-277), Mauá da Serra, Quedas do Iguaçu, Cascavel e Carambeí. Eles também ocuparam praças de pedágio e liberaram as cancelas na PR-151 e trechos da PR-272 entre Mauá da Serra e Ivaiporã e da PR-445 entre Mauá da Serra e Tamarana.
Até a votação
Os sem terra deixaram claro durante suas ações de hoje que seguirão em vigília até a votação do impeachment. Ameaçaram: dependendo do resultado na Câmara dos Deputados, que haverá novos “protestos”.
Mais três “sim”
Ontem (15) mais três deputados federais, que estavam indecisos, anunciaram como irão votar no processo de impeachment. Sérgio Souza e Hermes Frangão Parcianello (PMDB) e Nelson Meurer (PP) decidiram pelo “sim”, garantindo assim 26 votos do Paraná contrários a Dilma.
Votos suficientes
A Câmara dos Deputados já tem a quantidade de votos necessária para que o processo de impeachment de Dilma seja aceito e siga para o Senado. Levantamento da Folha, com os 513 deputados federais, indica que 342 deles, número mínimo, se declararam favoráveis.
Contra o impeachment
A presidente Dilma e o ex-presidente Lula tentam as últimas cartadas para evitar o andamento do processo na Câmara. Ontem à noite Dilma iria falar em rede nacional, mas acabou desistindo após análise da cúpula do governo. Já Lula gravou vídeo destacando o “golpe contra a democracia” que representa uma possível aprovação da abertura do processo.
Entre aspas
“Quem trai o compromisso selado nas urnas não vai sustentar acordos feitos nas sombras”. Do Lula, em vídeo nas redes sociais, sem citar nomes, mas fica claro que o recado é para o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Com Temer
Na quinta (14) a noite, logo após o STF negar o pedido do governo para barrar a votação do impeachment, dezenas de deputados foram até a residência de Temer. Na pauta, além do jantar, as tradicionais congratulações.
PT nas ruas
O diretório estadual do PT distribuiu ontem, artigo secretário-geral, Chico Moreno, convocando a militância para ir às ruas contra o impeachment de Dilma. “Muitos companheiros, companheiras, camaradas já estão em Brasília e uma onda vermelha está ocupando os espaços da Capital Federal, assim como de nossas estradas em todos os cantos do nosso País”, diz.
Cacique na urna
Em tempos de impeachment, vem de Santa Catarina uma informação inusitada. Pela primeira vez os 273 indígenas vão eleger na urna eletrônica o novo cacique da Terra Indígena Toldo Chimbangue, em Chapecó. O pleito será domingo, 17, e foi autorizado pelo TRE.