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Assembleia Legislativa abre espaço na sessão legislativa para categorias em greve da UFPR

Na sessão legislativa da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) de hoje (9), por requerimento do deputado Tadeu Veneri (PT), abriu-se um espaço no grande expediente, para apresentar para os deputados e à população os motivos e o andamento da greve das três categorias (professores, servidores técnico-administrativos e estudantes) da UFPR (Universidade Federal do Paraná), representado pelo professor Luiz Allan, presidente da Apufpr (Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná).

“Você vê os professores em greve há cerca de 50 dias sem perspectiva de negociação, mostrando certa intransigência por parte do Governo Federal. A comunidade acadêmica está sendo prejudicada por isso, pois já perdendo o primeiro semestre desse ano e pode perder o segundo, por exemplo, os estudantes de direito que se formaria este ano não poderão prestar concurso para a Defensoria Pública.” declarou o deputado Veneri.

Segundo o professor Luiz Allan, essa greve foi adiada de 2011 para este ano, pois foi acordado encerrar a greve em troca de uma negociação das pautas dos professores federais com o Governo Federal.

¨Nós tivemos tentando negociar com o governo de 31 de março até 17 de maio antes de entrar em greve. Depois da deflagração de greve, no dia 12 de junho, o governo nos prometeu negociar com a categoria dos professores no dia 19 de junho. Dia 18, o governo nos liga cancelando a reunião, e desde então não marcou outra, não havendo, portanto, perspectiva de negociação com o Governo Federal.¨ explica Luiz Allan.

Além da UFPR, 96 das 99 Instituições Federais de Ensino Superior (universidades, faculdades e institutos federais) estão com greve de pelo menos uma das categorias. No Paraná, a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), Unila (Universidade da Integração Latino-Americana) e os 14 campis do IFPR (Instituto Federal do Paraná) também apresentam greve de professores, estudantes e servidores técnico-administrativos.

“Essa greve deixou de ser apenas uma luta por melhores salários para os professores federais (que é um dos piores do setor público federal), e também não é mais apenas uma greve nacional da educação, dado que os estudantes e servidores não-docentes de várias universidades estão em greve. Essa greve está caminhando para se transformar em uma greve geral de todo o setor público federa.” disse Luiz Allan.

Segundo ele, vários outros setores do funcionalismo público federal estão aderindo à greve, ele cita os seguintes exemplos: INCRA, IBGE, Banco Central e o Itamaraty.

Audiência Pública – Segundo o deputado proponente dessa abertura de espaço, Tadeu Veneri (PT), que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) da Assembleia Legislativa, será realizado uma Audiência Pública para discussão da greve promovido pela comissão, contando com representação do Governo Federal, das instituições de ensino e da três categorias em greve.