Em novembro, 71% dos 399 municípios do Paraná apresentaram saldo positivo na criação de postos de trabalho com carteira assinada. Ou seja, 284 cidades tiveram mais admissões do que demissões no período, último dado disponibilizado pelo Ministério da Economia.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), 23 municípios (6%) permaneceram zerados no penúltimo mês de 2020, com o mesmo número de contratações e desligamentos. Outras 92 cidades (23%) fecharam com estoque negativo de emprego, sendo que 61 delas (66%) perderam até dez vagas, com boas chances de reversão em curto tempo.
Os indicadores reforçam que a retomada econômica começa a se consolidar no Paraná mesmo diante do cenário de incertezas causado pela pandemia da Covid-19, com números que apontam para o crescimento do emprego e da renda no Estado.
São cinco meses consecutivos de abertura de vagas, o que representa no consolidado do ano passado 61.586 empregos formais de janeiro a novembro. A marca faz do Paraná o segundo maior empregador com carteira assinada do País, atrás apenas de Santa Catarina (67.134).
“Planejamos a retomada com foco na recuperação do emprego e da renda dos paranaenses. Focamos em aliar os investimentos públicos aos investimentos privados, incentivando o consumo de produtos regionais e a aceleração de obras de infraestrutura. São pontos que fazem com que muitos empregos sejam criados rapidamente”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Especificamente em novembro, o Estado manteve a trajetória de recuperação de vagas no mercado de trabalho e registrou 29.818 mil novos empregos, puxado pelos setores do Comércio com um saldo de 11.832 postos criados, Serviços (10.134), Indústria de Transformação (6.956) e Construção (2.158).
COMPARATIVO – O desempenho ganha ainda mais representatividade quando comparado com o início da pandemia no Paraná. Em abril, no auge da crise, o Caged apontou o fechamento de 55 mil vagas no Paraná, referente ao consolidado de março.
Na ocasião, 179 cidades do Estado (45%) apresentaram mais demissões do que admissões. Porcentual que caiu praticamente pela metade (23%) em novembro.
Outro ponto relevante é que quando comparado com o mesmo período de 2019, o desempenho é consideravelmente superior. Em novembro daquele ano o Paraná abriu 7.393 vagas, cerca de quatro vezes menos do que em 2020 (29.818).
“O Governo do Estado vai reforçar o seu papel de indutor de postos de trabalho, incentivando quem quer investir no Paraná. O emprego é a melhor política social que existe”, afirma Ratinho Junior.
PULVERIZAÇÃO – Chefe do Departamento do Trabalho e Estímulo à Geração de Renda da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, Suelen Glinski explica que a criação de empregos está pulverizada no Estado, com a Indústria da Transformação e a Construção Civil puxando a retomada. “São setores que foram bastante afetados pela pandemia, mas que aprenderam a se reinventar e hoje impactam diretamente no resultado positivo de outros setores”, disse.
Ela lembra que Curitiba lidera a relação dos municípios geradores de emprego com um saldo de 6.861 novos postos de trabalho no acumulado do ano (janeiro a novembro). A capital é seguida por Ponta Grossa (5.854), Cascavel (2.773), Ortigueira (2.676), Toledo (2.602), Arapongas (1.982), Rolândia (1.825), Matelândia (1.706), Umuarama (1.682) e Colombo (1.279).
SISTEMA ESTADUAL – “Os pequenos municípios também estão apresentando bons resultados, fruto da política de incentivos do Estado a novos investimentos, e também ação das 216 Agências do Trabalhador espalhadas pelo Estado, a maior rede do País”, afirma Suelen.
O sistema estadual de emprego colocou 66.101 paranaenses no mercado formal de trabalho entre janeiro e novembro do ano passado. O secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, ressalta que o desempenho reflete as determinações do governador Ratinho Junior para atrair novas empresas e criar condições para fomentar a economia paranaense, apoiando também os empreendedores do Estado.
“Os resultados apresentam uma reação positiva com as ações do Governo do Estado para atrair novos investimentos e também pela parceria entre empresas e as Agências do Trabalhador”, disse o secretário.
AEN
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